Espécie invasora
O caráter invasor da espécie é dado pela sua alta capacidade de adaptação a múltiplos ecossistemas, uma vez que não requer grandes exigências ecológicas, mas é capaz de sobreviver em condições extremas em relação a outras espécies nativas. A erva-das-pampas suporta tanto as condições de seca como encharcamento, vive em solos pobres e com pouco substrato, tolerando até mesmo alguma salinidade no solo e nas águas circundantes. Um fator limitante da sua distribuição são as condições termoclimáticas, preferindo ambientes com temperaturas amenas, embora tolerando geadas pontuais.
Estes requisitos limitados fazem com que a erva-das-pampas seja uma das primeiras espécies a implantar-se e colonizar ambientes degradados, como podem ser solos removidos, nos quais tenha sido retirada a cobertura vegetal do horizonte orgânico superficial; por exemplo, pedreiras, instalações industriais, as margens de estradas e ferrovias.

A erva-das-pampas não ocupa apenas espaços periurbanos e espaços degradados, mas também é capaz de colonizar espaços naturais de alto valor, deslocando espécies nativas. O reconhecimento desse problema pela conservação da biodiversidade levou à aprovação de estratégias e planos públicos para o combate à expansão desta espécie. Os mais recentes e relevantes são os seguintes:
- Estratégia espanhola de gestão, controlo e possível erradicação da erva-das-pampas (Cortaderia selloana) e outras espécies de Cortaderia.
- Plano de ação contra a erva-das-pampas em Cantábria.